segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Minhas Considerações Pessoais sobre o Programa Bolsa Família

Inicialmente vamos deixar bem claro que o Programa Bolsa Família, promoveu uma melhor distribuição de renda e aliviou famílias em situação extrema de pobreza. No entanto a grande pergunta é se este programa tem proporcionado inclusão social das famílias assistidas ou se é um programa que tem provocado uma dependência permanente dos mesmos aos programas sociais do governo.

Outras considerações iniciais, que pelo bem da verdade,  devemos atentar. O Bolsa Família não foi criado pelo governo Lula. Como a própria lei que o instituiu diz, ele é a consolidação de diversos programas de complementação de renda criados em governos anteriores.

Para tristeza dos petistas, a ideia dos programas de renda mínima, dos quais o Bolsa Família é um, foi criada nos anos 60 pelo pai do neoliberalismo, o economista, premio Nobel, Milton Friedman.

O Bolsa Família deveria ser um programa emergencial, com condicionantes, que promovesse a inclusão social dos assistidos. Estas condicionantes no entanto se resumem à manutenção das crianças na escola, acompanhamento do calendário vacinal  e renda.

Estas são condicionantes pífias para promover a inclusão social das classes menos favorecidas. Não há, nas condicionantes, programas de profissionalização, não há programas de empregabilidade para os assistidos, não há tempo determinado para a permanência no programa.

Entre setembro de 2005 e março de 2013, o programa cresceu 48,7% em número de beneficiários - de 30,8 milhões para quase 46 milhões. O volume de famílias passou de 7,63 milhões para 11 milhões em março deste ano, uma evolução de 44%.

A interpretação que se pode dar é que nestes onze anos de governo petista, a miséria no Brasil aumentou tanto, que foi necessária a inclusão de mais alguns milhões e família no programa emergencial. Pode ser que esta firmação minha não seja verdadeira, mas é o que os números indicam.

O fato do Programa não ter uma porta de saída que promova a inclusão social, a dignidade e a independência financeira dos assistidos, e o aumento constante dos beneficiados, demonstra que o Bolsa Família torna a população carente eternamente dependente dos programas sociais do governo, que em última analise precisa dos votos desta massa de gente para se perpetuar no poder.

É preciso que os programas sociais sejam feitos com mais responsabilidade e focados na inclusão social dos mais pobres. Nisto o Partido dos Trabalhadores tem falhado.

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