sábado, 3 de novembro de 2012

A Visão do Leitor


Ainda sobre comparações...

Não da pra comparar as duas realidades tão distintas do Brasil e da Inglaterra. O que quis mostrar com o caso das "expenses" foi a diferença conceitual. Tem um mundo de historia nisso (levaria dois dias só pra chegar no amago da questão). Mas, resumindo, devo dizer que a Inglaterra chegou a este ponto por etapas, e essas, sim, poderiam servir de modelo para nós.

Primeiro, quando inventou a industria viu que se não tivesse gente educada não ia pra frente - forçou a alfabetização e educação de todo mundo.

Ai, solidificou o nacionalismo (uma conseqüência do Império) - o maior exemplo disso foi a histórica frase do Almirante Nelson: "A Inglaterra espera que cada um cumpra seu dever"

Os vitorianos solidificaram o conceito de "tudo para o bem maior, pela nação e pelo Rei ("for King and Country")

Depois da segunda guerra, foi quem criou o conceito do "welfare state" (Keynes), e eliminou a miséria (com miséria, não há ética e moral que sobreviva)

Aos poucos, foi modernizando alguns conceitos (abolir pena de morte, descriminalizar o homossexualismo, etc).

Mas...AINDA e uma sociedade MUITO conservadora (mesmo com popstars punks), gracas ao solido estabelecimento moral vitoriano.

Não conseguiremos tanto assim em pouco tempo. Mas e um modelo que poderia ser seguido.

AH SIM....METADE das conquistas sociais vieram por iniciativa própria do setor privado. Eles fizeram sua parte em construir escolas, hospitais, dar casas dignas a trabalhadores...tido DENTRO do conceito LIBERAL (aqui ainda e liberalismo clássico).
ISSO a gente talvez poderia fazer. E um primeiro passo para criar um padrão moral, que vira depois moral social e finalmente se torna uma estrutura ética.

O que ajudou muito foi a disciplina militar da populacho - esta, afinal, e uma terra de soldados. Essa disciplina vem do coração, e da necessidade de se defender historicamente. Isso não temos na América Latina, infelizmente militares ai são percebidos como agentes de ditadura e não como defensores dos nossos direitos, vidas, propriedades e liberdades.

Talvez pudéssemos começar por ai.

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