sábado, 23 de abril de 2011

A Visão do Leitor



Ricardo Froes disse...

Ora, ora ,ora... Eis que aparece um perfeito palerma que faz um perfeito auto-retrato e não tem discernimento suficiente para se dar conta que está falando de si mesmo e de seus “cumpanhêro” petralhas. Aliás, ser desancado por um esquerdopata é um grande reconhecimento que estamos no caminho certo da verdade, da honestidade, da ética e da moral, coisas que jamais passaram pela cabeça deles.

Eu nem quero defender o Madeiro porque não se faz necessário, pela própria competência do criticado. Reservo-me apenas o direito de comentar – e provar – que este covarde, que nem sequer um apelido tem a coragem de se atribuir, é a síntese do perfeito idiota latino-americano, de quem o filho de Mario Vargas Llosa, o Nobel de Literatura, Alvaro, tem descrito em seus livros e ensaios com muito mais propriedade do que eu.

Mas vamos à primeira frase-pérola do idiota, em que ele diz que Madeiro é “o tipo de brasileiro que se envergonha de ter aqui nascido, se curva submisso ao colonizador estrangeiro porque acha que assim procedendo vai ganhar a simpatia dos povos do ‘primeiro mundo’”.

É o primeiro auto-retrato do “perfeito”. Por princípios que ninguém sabe de onde vieram, os palermas são os primeiros a se envergonhar de terem nascido no Brasil por terem os portugueses como ancestrais. Não conhecem a saga dos donatários das Capitanias, não reconhecem a importância de Dom João VI, não dão valor a Pedro I e não sabem que Pedro II era um entusiasta da república e convivia muito bem com os republicanos, só não tendo abdicado ao trono porque, à época, era pior a emenda do que o soneto: os embriões dos petralhas já trabalhavam no sentido de tomar o poder para si e para sempre. A única História que os petralhas conhecem é a dos emires sáderes da vida.

Completando a análise da primeira frase-pérola, ninguém se curva tanto quanto os petralhas quando se trata de bajular o quarto mundo. Suas grandes ambições são transformar o Brasil em uma grande Cuba, um grande Irã ou uma grande Coréia do Norte. Nós, da direita – se assim o quiserem – não pregamos bajulações, somos apenas mais ambiciosos: preferimos viver em algo que se assemelhe aos Estados Unidos do que sobreviver em alguma coisa que se pareça com o favelão que é Cuba. Pode ser questão de gosto e gosto não se dicute, mas há alguns que são estragados.

Sigamos.

“Brasileiros como vc, estudaram apenas o que foi ordenado, possuem a mentalidade que lhes foi dada já formatada e emitem sempre a opinião padrão pré fornecida pelos que moldaram seu cerebro mole!”

Primeiro, que me conste, cérebros normais são moles. Normalmente chamamos cabeças-duras a tipos como o nosso idiota anônimo, em cujos cérebros não entram a lógica, o bom senso e a razão, nem trepanando. Se a algum desses tipos fosse dado, pelo menos, o dom do raciocínio, ele veria que há vários matizes de ideologias entre os que lhes são oposição. Nós não temos um Karl Marx para servir de totem idolatrado. Digo totem porque 99,99% dos que se dizem de esquerda nunca sequer leram uma linha do que esse panaca escreveu e, se tivessem lido, também de nada adiantaria porque não entenderiam nada. Eles sim, são guiados por meia dúzia de “pastores” que agem como seus homônimos picaretas que tanto infernizam a seriedade do cristianismo com as suas interpretações distorcidas da Bíblia.

Um direitista – se insistirem no termo –, ao contrário do que o nosso imbecil quer dar a entender, é livre para pensar e estudar o que bem entende, inclusive Marx, ninguém e nada pré-concebido nos tolhe, por isso estamos a anos-luz e sempre muito à vontade para dar conta dos esquerdistas arvorados de donos da verdade, limitados que são pela tacanhice atávica.

Para finalizar ele diz que “o problema do Brasil sempre foi o povo, mas muitos nunca perceberam que o povo no caso não são os trabalhadores com pouca instrução, muito ao contrário...”

Tenho a vaga impressão que deu pane de crânio no anônimo. Uma frase pela metade com uma tentativa de ironia paquidérmica não poderia deixar de ser seu “gran finale”. Em todo caso, vamos analisar. Com essa “ironia” ele deve estar querendo insinuar que a falta de instrução não é problema e que o problema é nosso, dos instruídos. É claro que, entre outras entrelinhas, ele está advogando em causa própria – ele mesmo é um ignorante –, mas ao dizer semelhante asneira, o anônimo paspalho dá a entender, categoricamente, que todos os problemas do Brasil seriam resolvidos se todos fôssemos ignorantes.

Gastei muitas linhas e palavras, mas poderia resumir tudo em uma pequena frase: anônimo, você é uma besta.

2 comentários:

José de Araújo Madeiro disse...

Ricardo,

Hoje é domingo de páscoa. Do evento magnífíco da cristandade. Da ressurreição do Jesus Cristo. Do mais humano dos humanos. Do gesto singelo e sutil. Do procurar e do proceder no bem, do construi e do progredir, jamais do destruir.

De sintonizar-se com a sociedade humana que há cerca de 15 mil anos desvenda o mistério de ter vida saudável e em comum, de prosperidade progressiva, apesar dos transtornos, de atitudes bestiais e de atitudes violentas e contrárias, promovidas por outros homens de massa opoca, movidos pelo egocentrismos, os donos do Poder Absoluto e dos Ditadores.

No entanto, estamos na outra margem. Noutra alternativa mais sólida e mais civilizada. Enfim, de tudo de esplendoroso que deve estimular a massa cinzenta, ¨certamente mole e não dura¨, de todos homens para desenvolver e humanizar o mundo, em especial nosso país e nos rumos da solidariedade humana.

Eis, então, o desafio para nós cristãos e para todos homens de boa-fé. Eis a constância de nossa luta e por isto nunca estaremos cansados. Nada nos abate.

Através desse ideal, nós brasileiros teremos alcançado o Brasil que pretendemos, democrático, justo e desenvolvido. Uma civilização na América, apesar dos toscos e aproveitadores das mazelas dos irmãos brasileiros.

Portanto, estimado amigo, muito lhe agradecemos pelo apoio, por sua sábia mensagem, bela, rica e brilhante matéria. Com certeza, estaremos sempre precisando de você.

Todavia, não devemos perder tempo com anônimos. Teimar com algum deles, em nada vamos enriquecer e acrescentar às nossas idéias. É como dar-se um tiro no escuro e acertar num inocente. O anônimo, esconde-se na sua covardia e tal cobra cascável que espreita debaixo duma moita, na escuridão da moite para dar seu golpe fatal em quem não lhe ofendeu.

Portanto, um abraço para você e feliz páscoa com a sua família!

Att. Madeiro

Ricardo Froes disse...

Laguardia e Madeiro:

Antes de tudo, obrigado ao Madeiro pelas palavras.

Eu sempre fiz questão de frisar bem que, embora ateu por opção, sou cristão por nascimento e que carrego comigo os frutos de uma educação, se não voltada para a religião, impregnada pelos seus valores. Um deles, a noção da família como celula mater da sociedade, nos permite compreender a força que significa a união entre as pessoas. A família, segundo o cristianismo, é uma coisa tão incrível que nos permite aumentá-la sem que tenhamos necessariamente uma união carnal envolvida.

O cristianismo, em primeiro lugar, ensinou à humanidade através do Novo Testamento que as mulheres não só existem como também são as peças mais importantes da engrenagem familiar: é através delas que vem a vida e o equilíbrio necessário para manter todas as vidas, rompendo com as velhas tradições do Pentateuco, onde elas, quando apareciam, eram meras coadjuvantes, podiam ser vendidas como escravas, enfim, carregavam a pecha de uma Eva prestes a induzir algum Adão ao pecado.

Além da valorização da mulher, o cristianismo através do próprio Jesus nos ensinou que a noção de família é e deve ser bem mais ampla que a limitação parental. Sua família não se limitava a José, Maria, irmaõs e primos. Ela era composta também pelos Apóstolos e demais amigos e seguidores que conquistava por onde passava. Uma grande família.

E é este, sem dúvida, o maior legado do cristianismo: a união onde todos aprendem com todos e todos ensinam a todos.

Em tempos de internet, essa noção se amplia com incrível rapidez, mas continua valendo. A possibilidade de grandes famílias virtuais é um alento em meio a tanto isolacionismo a que somos obrigados em função da vida cada vez mais corrida e perigosa, mas onde sempre sobra tempo para novas grandes amizades que enriquecem e aumentam as nossas famílias.

Eu digo com alegria que aqui aumentei a minha.

Boa Páscoa a todos.