sábado, 23 de abril de 2011

DEIXE MEU POVO IR


Ricardo Froes disse...
Mais um excelente texto de Ralph Hofmann sobre a Páscoa ou Pessach, em que ele faz uma comparação entre os escravos judeus guiados por Moisés e os escravos brasileiros, por enquanto sem um guia.

DEIXE MEU POVO IR

Esta semana não é apenas a semana da páscoa e da quaresma. É também a semana da passagem de Deus sobre as casas do Egito.

A Última Ceia, celebrada nas igrejas cristãs, na arte religiosa cristã era uma ceia de Pessach (Passover, ou Passagem por Cima). Jesus Cristo e os Apóstolos se reuniram para comer pão ázimo, beber quatro taças de vinho comer uma pasta de maçã ou outra fruta semelhante que lembraria o cimento das obras públicas do Faraó, comer raízes amargas para lembrar as agruras da escravidão, comer folhas embebidas em água salgada para lembrar as lágrimas dos escravos açoitados e tinham sobre a mesa também um osso de cordeiro para lembrar o cordeiro morto para marcar as portas das casas dos judeus.

Deus passou sobre as casas do Egito e ceifou a vida dos primogênitos de cada casa não marcada, sendo esta a última das pragas que enviou para convencer o Faraó a assentir no pedido de Moisés de que deixasse os escravos judeus partir para o deserto a caminho de Canaã.

Esta mesma história, é contada com aproximadamente o mesmo cerimonial na maioria das casas dos talvez 16 milhões de judeus existentes hoje. É contada há uns 5700 anos. Foi contada nesta semana da história nas casas de judeus portugueses e espanhóis que viviam ocultos após 1492, por judeus que viviam ocultos no Nordeste do Brasil, no Perú, no Chile e no México.

Isto tem algo a ver com nossa situação no Brasil hoje? Tem. Eu gostaria de saber o que é senão escravo, um povo que trabalha pelo menos 283 dias ao ano, paga 40% pelo privilégio de trabalhar para ver os senhores da corte se deliciarem com iguarias e vinhos caros, freqüentando hospitais de primeira sem entrar em fila, enviando seus filhos a Harvard ou à Universidade do Colorado se não conseguirem vagas em universidades brasileiras.

Este escravo precisa pagar por tudo que o estado devia suprir em troca de dos 40% e na prática, não tem um direito líquido e certo ao patrimônio que vier a obter, podendo ser alijado e espoliado de suas posses, precisando provar seus direitos líquidos e certos ante qualquer parasita organizado, amigo do Faraó, que passar pela rua.

E se nós os atingidos disséssemos: “Deixe meu povo ir!” como disse Moisés. Para onde iríamos? Nem a Itália, nem a Alemanha, nem a Polônia, nem o Japão. Nenhum país hoje poderia reabsorver seus “oriundi”(descendentes de sua nacionalidade) . Estamos presos e escravizados nesta verdejante e linda masmorra, escravizados pelos esbirros que hoje contratam o Arquiteto Niemeyer para construir suas pirâmides, que criam obras faraônicas ao longo do Rio São Francisco e que estão construindo mais de dezena de templos ao Deus Futebol, tudo isto com dinheiro arrancado aos escravos e com mão de obra escrava.

Aqui não caberá a solução dos escravos do Egito. Dilma e seus esbirros, parasitas que viveram 21 anos às custas de discursos contra a escravidão e hoje se espojam nas deliciosas vantagens adquiridas pelo uso inescrupuloso das ferramentas de estado devem temer os 49% do povo brasileiro que não a elegeram.

Qualquer dia terão de transformar algum rincão do Brasil na sua Canaã.

Se quiserem podem me chamar de Antônio Conselheiro. Só que eu não sou visionário. Apenas vejo.

Muito obrigado Ricardo Froes por compartilhar conosco destes pensamentos tão atuais e relevantes sobre o período da Páscoa e o seu real significado para nós hoje em dia.

Um comentário:

José de Araújo Madeiro disse...

Laguardia,

A matéria da carta aberta à Universidade de Coimbra nos foi enviada por e-mail, através de um amigo.

Ela, infelizmente, reflete a verdade. O Lula comprou o título e dando dinheiro aos portuguêses para se safarem da crise financeira, também do dinheiro roubado, pela lideranças,pertecente ao povo português. Mas é problema deles e não nosso.

O assunto mais profundo e num tipo de bandalha política, frequente no Brasil. Também em Portugal.

Mas, na questão de dar resposta ao anônimo, é como você dar um tiro no escuro e acertar num inocente.

Portanto, não devemos perder tempo com anônimos, sobretudo, com àqueles que nada tem a apresentar além de baixarias.

Att. Madeiro