quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O trabalhador que se dane

Triste espetáculo ontem no Congresso Nacional.

A votação do novo salário mínimo tornou-se mais uma disputa de qual partido era mais leal ao governo do que propriamente uma discussão do que poderia ser feito em benefício do trabalhador.

O que vimos foi uma disputa entre egos, uma disputa de poder. Hoje o PMDB se gaba de que 100% de seus parlamentares apoiaram a proposta do governo.

Não vimos no parlamento uma discussão séria do que poderia ser feito em favor do trabalhador.

Afinal de contas os parlamentares já tinham garantido os seus 62% de aumento. A presidente da república já tem garantido quase 150% de aumento, e seus ministros por volta de 130% de aumento em seus salários.

Ninguém pensou nos cortes que poderiam ser feitos para melhorar o salário do trabalhador.

Aqui não estou entrando no mérito de se R$ 545,00 é um bom aumento ou não, todos sabemos que é pouco, considerando-se que a inflação está aumentando. Não estou discutindo se o certo seria R$ 560,00 ou R$ 600,00.

O que me causa indignação é que a disputa não foi em torno do que seria o melhor para o trabalhador, e sim uma disputa de quem tinha mais força, o governo ou a oposição. Tudo foi encarado como um teste de poder do governo. 

Estavam se lixando para o trabalhador.

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