segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Visão do Leitor

Ficha Limpa I

Vislumbramos uma luz no final do túnel.

Nosso Senado aprovou de maneira honrosa e rápida o projeto de iniciativa popular que impede cidadãos com problemas na Justiça de sequer candidatarem-se.

Que maravilha.

Agora esperamos a sanção do presidente sem mudanças e que o poder judiciário ponha logo em vigor.

A população ordeira deste país maravilhoso espera por isto há bastante tempo, só assim vamos pulverizar nossos legislativos, em todas as escalas, federal, estadual e municipal.

Parabéns ao Senado Federal, é agindo assim que os eleitores lhe darão créditos.

Júlio José de Melo
Brasília

Ficha Limpa II

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto Ficha Limpa, proibindo a candidatura de candidatos com condenações por órgãos colegiados.

A inelegibilidade prevista no projeto é de oito anos, com previsão de inelegibilidade de pessoas físicas e dirigentes de empresas que receberam e realizaram doações ilegais,atingindo ainda magistrados e membros do Ministério Público.

Projetos como este, talvez sejam suficientes para coibir e combater a anaconda que assola o país: a corrupção.

A cada ano, entre R$ 40 bilhões e R$ 70 bilhões são desviados, recursos que poderiam ser investidos em educação, saúde, habitação, saneamento e infraestrutura.

Pasmem,brasileiros, este montante de dinheiro é suficiente para construir 500 mil creches no país.

Enquanto nossas crianças vivem na miséria, bilhões em dinheiro são desviados para os paraísos fiscais,meias e cuecas.

Laurimar Rosa de Lima
por e-mail

Um comentário:

Ricardo Froes disse...

A luz no final do túnel é uma locomotiva em sentido contrário! A “profilaxia” do Dornelles no texto do Ficha Limpa e a confusão causada pelos chicaneiros da lei já foram um cartão de visitas do charivari que vai ser para que se impeça um Maluf ou um Barbalho de concorrer ao que bem entenderem.

“O que se está discutindo como se fosse uma questão gramatical, não é nem uma questão gramatical, nem uma questão jurídica. É uma questão ética e política. Pela primeira vez em muitos anos, desde a campanha das Diretas e o impeachemant do Collor, a sociedade brasileira se mobilizou maciçamente em defesa de alguma coisa. Quando isso finalmente é provado diante da pressão de todos, não pode ser dispensado por causa de uma questão gramatical.” Disse Ana Maria Machado, escritora e integrante da ABL.

Ao mudar indecentemente o tempo do verbo em um dos artigos aprovado na Câmara, onde estava escrito “estão proibidos de disputar eleições candidatos ‘QUE TENHAM SIDO’ condenados pela Justiça” para ‘OS QUE FOREM’, Dornelles mostrou o quanto é moleque, o quanto despreza a ética e o quanto despreza o povo. Agora é esperar sentado e ver com quantos votos vai se eleger um sujeitinho asqueroso como Maluf, que é procurado pela Interpol em 181 países, mas que aqui é deputado federal e candidato à reeleição. Aliás, esse tempinho de verbo parece que foi feito sob medida: de Dornelles para Maluf, com muito amor... Não estranha serem do mesmo partido.